terça-feira, maio 25
Verme
As mentiras cairam nos meus braços em dias que prefiro esquecer. Já nem sei o que de nós foi verdade. Nada, penso eu. Perdida nas lembranças de momentos felizes, recheados de puros sorrisos embalados por lágrimas que trazemos cá dentro. Lágrimas de medo. Medo do amanhã. Eu deixei o medo partir-se em pedaços expectatantes do que havia por vir. Não tive medo, deixei-me ir. Eu queria tanto. Eu só queria viver isto. Tinha certezas que hoje sei que foram erros repletos de coincidências do acaso. Porquê? Foste tão injusto. Enganaste o nosso caminho, fugiste dos trilhos com cobardia. Nem cara tens para me enfrentar. Não quero explicações, quero coragem. Quero que sejas um homem e admitas tudo o que fizeste. Que não te escondas nos outros. Que sejas um homem em vez de seres um verme que por sorte respira. A cada dia que passa descubro mais. Sofro de uma doença chamada honestidade e penso que os outros á minha volta também estão doentes. Mas tu não, não sofres deste mal que se caracteriza por sermos verdadeiros connosco e com os outros. Tens mentiroso escrito na testa só eu é que não vi. Não te sentes sujo? Sujo de ser assim? Um verme absurdo que vagueia pela vida enganando os outros. Cuidado meu amor, um dia nem o chão vai querer ser pisado por ti.
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