sexta-feira, maio 13
Perco
Perco-me nos teus braços sem palavras para me deter, para travar o meu instinto. Sei que é isto que o meu espírito anseia, em cada passo em cada gesto. Negas-me o toque, foges nos interlúdios da minha canção. Não te peço, exijo. Não sei perguntar. Os meus lábios calam-se na sede do teu beijo. O meu corpo guarda as marcas do lume aceso na minha pele. Pedes-me um sorriso, dou-te um abraço magoado. Peço-te agora. Mas tu só vens nos meus sonhos dourados. Passas por mim na mais pura cumplicidade. Agarras-me num abraço e pedes-me que fique. Eu corro. Corro sem olhar para trás. Para não falar. Não consigo falar, as minhas palavras cruzam-se no teu caminho. Quero fugir mas tu não deixas. Quando eu quis ficar, tu deixaste-me. Só nos sonhos, me acodes. Só nos sonhos estás perto. Tão longe nas palavras, tão perto na memória.
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