A cor branca e doce da cocaína espalha-se flamejante por todas as zonas do meu corpo, sem que o coração a acompanhe fielmente no trajecto. A tua língua ácida percorre o meu pescoço para me anestesiar.
Não deixo.
Recuso.
É tarde demais para me tirares do quadro que pintei esta noite. Aguarelas quebradas de um azul que não se escurece.
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