quarta-feira, dezembro 14

Par e Ìmpar

Deparado com o espelho da alma não sabe em que contraponto se encontrar. Por mais que os dias mudem e as horas se desencontrem nos segundos que se apagam em esboços de outros universos, de outros paladares, o cheiro a saudade continua a embalar o sono que não chega para se despedir da noite que se entrega encantada pelo beijo da luz de mais uma madrugada.
O adormecer dos laços toca-lhe os lábios e enlouquece-lhe os pensamentos. O adeus que não disse, hoje permanece esquecido nos olhos dela. Abraçou-a, beijou-a em sonhos numa espécie de amanhecer tardio que se deita sobre a linha do horizonte.




Através de memórias desencontradas ele revê-se no fogo das palavras que por hoje ainda não vai calar. O tempo aborreceu-se de tanto esperar. Ele um dia foi vida, agora é tristeza que se decapita em cada abraço que fica por dar. Ela é ímpar no amor, ele é par no verbo amar .

1 comentário:

Rafael Cunha disse...

Adorei seu comentário. Obrigado. Fico feliz que tb escreves. Um Beijo. Rafa